FLOP30: A Festa Milionária da Hipocrisia que o Seu Imposto Está Pagando
Como especialista em finanças, meu dever é analisar os custos. E o que vemos não é um investimento no meio ambiente; é um gasto público descontrolado em um evento que já fracassou.
Cristian Ianowich
11/10/20253 min read


Enquanto o cidadão comum, aqui em Palmas, faz malabarismos para fechar as contas do mês, o governo federal desenrola o tapete vermelho em Belém para a chamada COP30. No entanto, o que deveria ser uma vitrine para o mundo está se revelando um vexame histórico: a "FLOP30". Com baixíssima adesão de público, ausência de líderes globais pragmáticos e uma organização que fede a desperdício, o evento se tornou o monumento perfeito da hipocrisia ambiental e, pior, um buraco negro para o nosso dinheiro.
Como especialista em finanças, meu dever é analisar os custos. E o que vemos não é um investimento no meio ambiente; é um gasto público descontrolado em um evento que já fracassou.
A Hipocrisia Verde que Custa Ouro
O primeiro ponto que salta aos olhos de qualquer analista é a gritante contradição entre o discurso e a prática. A COP30 é um espetáculo de hipocrisia.
Vemos uma horda de burocratas e ativistas chegando em jatos particulares, hospedando-se em hotéis de luxo (muitos construídos às pressas, sem o devido licenciamento, ou em navios de cruzeiro que poluem o rio) para discutir a "redução da pegada de carbono". É o cúmulo do "faça o que eu digo, não faça o que eu faço".
Do ponto de vista financeiro, isso é péssimo. O mercado não é bobo. Investidores sérios não veem isso como "compromisso ambiental"; eles veem como sinalização de virtude vazia. E quando um governo gasta bilhões em sinalização, em vez de em ações concretas (como saneamento básico, que é o principal problema ambiental urbano do Brasil), ele sinaliza que é um mau gestor.
O Gasto Público: O Verdadeiro Desastre da FLOP30
Vamos ao que interessa: o dinheiro. Em um país com um déficit fiscal crônico, onde cada centavo deveria ser contado, o governo decide torrar bilhões em uma conferência de duas semanas. São gastos com infraestrutura temporária, segurança, logística, e um sem-fim de contratos emergenciais que, como sabemos, são um convite à ineficiência e ao desvio.
Para a economia, isso é um desastre por dois motivos:
Ineficiência na Alocação: Este é um péssimo investimento. O "retorno" prometido (turismo, imagem internacional) é pífio perto do custo, especialmente com o fracasso de público. O dinheiro gasto em palanques e coquetéis poderia ter financiado a recuperação de bacias hidrográficas ou a modernização da infraestrutura de transporte de Palmas.
Aumento do Risco Fiscal: Cada bilhão gasto na FLOP30 é um bilhão a mais na nossa dívida pública. Em um momento em que o governo deveria estar cortando gastos supérfluos, ele decide criar um novo. Para o investidor que compra títulos da nossa dívida, a mensagem é clara: este governo não tem compromisso com a austeridade. O resultado? O mercado exige juros mais altos para nos financiar, o que encarece o crédito para você, para a sua empresa e freia a economia.
Até Bill Gates Acordou: O Fim do Cheque em Branco para o Radicalismo
O mais irônico é que o Brasil está apostando todas as fichas em uma narrativa que está sendo abandonada pelos próprios globalistas. O exemplo mais notório é Bill Gates. Após anos financiando pautas ambientalistas, o bilionário pragmático percebeu que o radicalismo ideológico não resolve problemas.
Hoje, Gates foca seus investimentos em tecnologia – como energia nuclear de nova geração e inovações para captura de carbono. Ele entendeu que a solução para o meio ambiente não virá de ativistas que querem nos fazer voltar à Idade da Pedra, mas sim da inovação capitalista que nos permite produzir mais com menos impacto.
Enquanto os pragmáticos como Gates pulam fora do barco do alarmismo radical, o Brasil, em sua FLOP30, se agarra a ele como se fosse a última boia salva-vidas. Estamos nos alinhando ao que há de mais atrasado no debate, abraçando o "decrescimento" e a ideologia anticapitalista, justamente o que afugenta o investimento produtivo.
Conclusão: Um Fracasso Caro que Pagaremos por Anos
A FLOP30, com seus salões vazios e suas contas cheias, é o retrato perfeito da má gestão pública. É um evento que escancara a hipocrisia de uma elite que não pratica o que prega e, pior, usa o dinheiro do contribuinte para financiar seu teatro particular.
Para a saúde financeira do Brasil, esta conferência é um passivo tóxico. Ela aumenta nosso risco fiscal, demonstra que somos péssimos em alocar recursos e sinaliza ao mundo que estamos ideologicamente presos a ideias que nem os mais fervorosos defensores de outrora levam mais a sério. O fracasso de público é apenas o sintoma; o desperdício do nosso dinheiro é a doença.
O que você acha? O gasto bilionário na COP30 se justifica? Deixe sua opinião nos comentários.
