O Grande Acordo: Como a Faria Lima “Salvou” Moraes das Sanções e o Fim da Segurança Jurídica no Brasil

A notícia caiu como uma bomba, mas para quem entende como o mundo realmente funciona, foi apenas a confirmação de uma velha regra: o dinheiro fala mais alto que a moral. O governo americano revogou a aplicação da Lei Magnitsky contra o Ministro Alexandre de Moraes. A decisão não veio após uma mudança de postura do ministro ou o restabelecimento da ordem constitucional. Ela veio, segundo fontes, após uma reunião estratégica entre o Secretário de Estado americano e André Esteves, o todo-poderoso do BTG Pactual.

O que assistimos não foi justiça; foi um bailout (resgate) político orquestrado pela alta finança. Enquanto Moraes continua a desafiar o Congresso – como no caso da deputada Carla Zambelli – e novas sombras de escândalos, como o do Banco Master, pairam sobre sua família, o “sistema” se moveu para protegê-lo. Vamos analisar o que isso significa para a economia e para o cidadão comum.

O Fator André Esteves: “Too Big to Sanction” (Grande Demais para Sancionar)

Por que os EUA ouviriam um banqueiro brasileiro? Porque a estabilidade financeira de curto prazo venceu a defesa da democracia. O argumento levado a Washington provavelmente foi simples e pragmático: “Sancionar o homem forte do judiciário brasileiro vai colapsar o mercado, derrubar a bolsa e prejudicar os interesses de Wall Street no Brasil.”

André Esteves e o BTG representam a ponte entre o dinheiro brasileiro e o capital global. Ao interceder, o recado foi claro: a elite financeira prefere um autocrata previsível que mantenha o mercado funcionando a uma ruptura institucional que traga volatilidade, mesmo que isso custe a liberdade civil. Criou-se a doutrina do “Too Big to Sanction”: se você tem o apoio dos bancos, você é intocável.

A Constituição Virou Sugestão: O Caso Zambelli e a Impotência do Congresso

Enquanto o acordo era selado em Washington, a insegurança jurídica explodia em Brasília. A decisão monocrática de revogar o mandato da deputada Carla Zambelli, ignorando uma votação soberana da Câmara que decidiu mantê-la, é a prova cabal de que o sistema de freios e contrapesos acabou.

Para o investidor, isso é terrível.

  • Se a Constituição não vale para uma deputada eleita: O artigo 53 da Constituição, que protege parlamentares, foi ignorado.

  • Então ela não vale para o seu contrato: Se o STF pode ignorar o Legislativo, o que o impede de ignorar a lei de propriedade privada, a lei de falências ou os contratos de concessão? A revogação das sanções valida esse comportamento. Os EUA deram um “sinal verde” implícito para que o arbítrio continue, desde que não atrapalhe os negócios dos bancos.

A Sombra do Banco Master e a Cegueira Seletiva

Talvez o ponto mais alarmante seja a “cegueira seletiva” em relação às novas evidências ligando a esposa do ministro ao escândalo do Banco Master. Em qualquer país sério, ou sob uma aplicação rigorosa de compliance internacional, isso seria motivo para aumentar o escrutínio, não para revogar sanções.

Ao ignorar isso, os EUA e os intermediadores do acordo sinalizam que a corrupção ou o conflito de interesses são toleráveis se o agente for politicamente útil. Isso destrói a credibilidade do Brasil como um destino sério de investimento e nos rebaixa à categoria de “Republica de Bananas com Banqueiros Ricos”.

Conclusão: O Risco é Todo Seu

A revogação das sanções contra Alexandre de Moraes não é uma vitória da diplomacia brasileira; é uma vitória do Crony Capitalism (Capitalismo de Compadrio). A elite financeira, representada por Esteves, garantiu que seus negócios continuem fluindo sem a interrupção de sanções internacionais. O Ministro garantiu sua sobrevivência política.

E o que sobra para o brasileiro comum e para o pequeno investidor? Sobra a insegurança jurídica total. Sobra um país onde a decisão de um único juiz vale mais que 513 deputados. Sobra a certeza de que, se você não tem um banqueiro bilionário para interceder por você em Washington, você está por sua conta e risco.

O “Risco-Brasil” nunca foi tão alto, não pelos números da economia, mas porque as regras do jogo não existem mais. A única regra é: proteja-se, dolarize e não dependa da justiça estatal, pois ela tem dono, e não é o povo.

O que você acha da influência de banqueiros nas decisões de estado? Isso te deixa mais seguro ou mais preocupado com seus investimentos?

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